O Estaleiro
Enseada pode estar próximo de retomar suas atividades com a possibilidade da
Petrobras assinar um contrato de aquisição de 4 sondas para a exploração do
pré-sal, diretamente com um grupo japonês liderado pela Kawasaki, que é um dos
controladores do estaleiro na região de Maragogipe.
Para que as
obras sejam retomadas será necessário que a empresa retome o financiamento do
Fundo de Maria Mercante, junto ao Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal,
no montante de R$ 600 milhões. Esse financiamento ainda não foi equacionado
porque, em última análise, os agentes financiadores exigem para a sua
efetivação que o contrato com as encomendas das sondas seja assinado.
Na última
semana, no entanto, a Petrobras parece ter chegado a um acordo em que assinaria
o contrato de aquisição das sondas, sendo que 15 unidades delas serão
construídas pela Sete Brasil (5 diretamente, e 10 com outros operadores) e
outras quatro sondas serão construídas pela Kawasaki, no Estaleiro
Enseada. Inicialmente, o projeto era para a construção de 28 sondas de perfuração
em águas ultraprofundas.
“Estamos
lutando para superar o atual cenário, tentando viabilizar financiamentos
alternativos, mas é preciso que nosso cliente garanta, com senso de urgência,
as encomendas que sustentam o primeiro ciclo industrial do estaleiro”, afirmou
Fernando Barbosa, Presidente do Estaleiro.
O Estaleiro
Enseada estava em plena atividade, quando as obras foram paralisadas e atingiu
a marca de 1,7 milhão de homem/hora trabalhada. A empresa já construiu
65% do topside do navio Ondina, primeira encomenda que deveria ser entregue ao
cliente Sete Brasil.
Depois, já
em seu estaleiro próprio, licenciado pelo Ibama, foi iniciada a construção do
topside do navio Pituba, segunda encomenda, que atingiu 25% de progresso físico
e montados os módulos do topside e a torre de perfuração do navio Ondina,
quando então, foi obrigado a paralisar obras, interromper a atividade
industrial e desmobilizar 7 mil pessoas.
“No pico das
obras éramos 7.200 trabalhadores no canteiro. Se a pleno vapor estivesse, o
estaleiro teria hoje, somente aqui na Bahia, 6.191 integrantes. Atualmente
somos menos de 300 cuidando da preservação de equipamentos” disse Barbosa.
Fonte: Bocão
News